quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Por que contar história?

Por que contar história?
Contar histórias é um meio muito eficiente de transmitir uma idéia, de levar novos conhecimentos e ensinamentos. É um meio de resgatar a memória. Todo bom contador de histórias deve ser também um bom ouvinte de si mesmo, do mundo e de outras pessoas. O contador deve ser sensível para ouvir e falar. Contar simplesmente porque gosta de contar. O narrador deve estar ciente de que o importante é a história.
As crianças gostam de ouvir seus avôs, pais, etc. contando histórias bíblicas, de fadas, da vida deles mesmos e de quando eram crianças. É preciso fazer uma seleção do que contar, levando-se em conta o interesse do ouvinte, a sua faixa etária e a lição que quer trazer ao ouvinte. Alguns pontos precisam ser considerados em cada faixa etária:
• 3 a 4 anos – idade do fascínio: Os textos devem ser curtos e atraentes, pode-se usar gravuras de preferência grandes. Histórias que tenham bichos, brinquedos e objetos e usem expressões repetitivas.
• 5 a 6 anos – idade realista: Histórias da vida real, falando do lar etc. Os textos devem ser curtos e ter muita ação, o enredo deve ser simples. Até os 6 anos a criança gosta de ouvir a mesma história várias vezes.
• 7 a 9 anos – idade fantástica: Gosta de histórias de personagens que possuem poder, histórias de aventuras, humorísticas e vinculadas à realidade.
• 10 a 12 anos – idade heróica: Narrativas de viagens, explorações, relatos históricos e preocupação com os outros e fábulas.
Como trabalhar uma história?
• Selecionar – Procurar dentro daquilo que se quer ensinar ou de acordo com o contexto da aula que será dada; pesquisar até encontrar algo que toque o contador de maneira especial. Se for uma história que já veio no material, leia várias vezes buscando encontrar nela algo especial que toque o contador, porque é só assim que ela será transmitida autenticamente ao público.
• Recriar – Não se deve pegar uma história e contá-la como vem escrita, é preciso passá-la para a linguagem oral. Saiba contar a história e não apenas decorá-la.
• Ensaiar– não se deve repetir nem exagerar nos gestos e movimentos. A voz deve ser aquecida para garantir um tom adequado; O olhar deve ser dirigido para todos os lados e para todos os ouvintes; Corrigir os vícios de linguagem, tais como: então, né, daí e outros.
• Estrutura – deve seguir estas quatro fases:
1. Introdução: deve ser rápida, interessante apresentando os personagens sem divagação. Ex: há muito tempo, era uma vez…
2. Desenvolvimento: são contados os fatos essenciais com bastante ação.
3. Clímax: ponto de maior emoção da história.
4. Conclusão: Aqui você deve ter maior atenção, pois na conclusão é que transmitimos a lição, o ensinamento para quem ouve.

A preparação do ambiente é necessária?
A preparação do ambiente é muito importante. Se o contador está numa sala de aula, deve fazer algo que mostre que naquele momento será contada uma história, chamando assim a atenção dos ouvintes para o momento. Como? Usando um objeto sobre a mesa ou um lenço jogado no ombro etc. O contador deve se prevenir contra ruídos e interrupções. Enfim, encontrar uma posição agradável.

Quais são os elementos necessários para se contar uma história?
Os seguintes elementos são fundamentais na contação de histórias:
• Emoção – O contador deve gostar do que faz e do que vai contar; deve antes navegar na história para depois transmiti-la.
• Expressão – é muito importante, o olhar deve transmitir o que está sendo falado, daí a importância de olhar para todos os ouvintes. Você pode se expressar durante a história com música, barulhos de objetos, com o corpo, tudo que deixe a história mais atrativa, mas sem exageros.
• Improvisação – Caso o contador se esqueça de uma parte da história, deve encontrar um modo de continuá-la, por isso a importância de saber o esqueleto da história e não decorá-la.
• Espontaneidade – O conhecimento da história oferece ao contador segurança, naturalidade, desibinição e espontaneidade para a contação.
• Credibilidade – O contador não deve denunciar o seu erro.
• Voz – é um elemento dramático e essencial; é o instrumento de trabalho do contador. Por isso deve observar o seguinte:
1. Altura – muito bem calculada para caracterizar os personagens.
2. Volume – é a variação entre forte e fraco, mostrando as emoções dos personagens.
3. Ritmo – é a variação de velocidade.
4. Pausa – é o silêncio no meio da fala, para dar o clima de suspense, mas não pode comprometer o significado das frases.
Procurar usar palavras de fácil compreensão para o público ouvinte.
Quais as formas para se apresentar uma história?
• Simples narrativa – É a mais fascinante de todas as formas, a mais antiga, tradicional e autêntica expressão do contador de histórias.
• Histórias narradas com auxílio do livro - Narrar com o livro, não ler a história. O narrador deve saber a história e vai contando com suas palavras. O livro fica aberto voltado par as crianças, à altura de seus olhos. As páginas são viradas vagarosamente para que elas possam ver as gravuras
• Com gravuras - Através delas as crianças observam detalhes que contribuem para a organização dos pensamentos e de criação.
• Com fantoches - É um convite a imaginação da criança, do jovem e do adulto. Pode-se também ensinar a criar fantoches e através dele contar cada um a sua história.
• Flanelógrafo - O personagem entra e sai de cena.
• Painéis, recortes, carimbos ou dobraduras
O recurso utilizado irá depender do número de ouvintes e do espaço físico que está disponível. Para cada situação um recurso que melhor se encaixe com o público ouvinte.
Quais atividades podem ser desenvolvidas 
a partir da história?
• Dramatização: após o término da história, reúna as crianças para juntos encenarem o que acabaram de ouvir.
• Trabalhos manuais: Recortes, dobraduras, colagem, pintura, atividades manuais que lembrem o que foi contado.
• Brincadeiras, jogos e atividades que complementem o ensino passado.
• Estrutura – deve seguir estas quatro fases:
1. Introdução.
2. Desenvolvimento.
3. Clímax.
4. Conclusão.

PARTES DA HISTÓRIA BÍBLICA
Introdução
·         É o melhor lugar para prender o interesse da classe e o pior para perdê-lo
·         É a oportunidade de prender os pensamentos e envolver a criança totalmente na história
·         Deve ser breve, interessante e relacionada com a história bíblica.
Tipos de introduções:
a.      Perguntas ou revisão
b.      Ilustração emocionante
c.       Entrada direta da lição
·         Planeje a introdução depois de fazer o esboço da história

Andamento dos acontecimentos
·         Uma lista dos acontecimentos importantes que se desenrolam numa seqüência ordenada
·         Deve ser tirada da Bíblia

Clímax/Resultado
·         O ponto alto da história onde a conclusão é clara
·         O lugar onde o problema é resolvido
·         Nunca deve ser revelado no começo da história

Conclusão
·         Conclui a história
·         Deve ser breve porque a atenção das crianças se perde rapidamente depois do clímax


                                                                                                          Clímax
                                                                                                                                                                                                                                                                                                           Conclusão
Andamento dos Acontecimentos
                                  

Introdução




COMO RELACIONAR A HISTÓRIA BÍBLICA À VIDA DA CRIANÇA

DEFINIÇÃO DE UMA LIGAÇÃO
Uma ligação é uma frase ou sentença usada para fazer uma transição natural de uma parte da lição para outra ou para a vida da criança, mantendo a continuidade da narração da história. Não perca o fio da meada!

COMO USAR UMA LIGAÇÃO
*   Ligando a introdução com a história Bíblica
*  Ligando a história Bíblica com uma verdade da mensagem da salvação ou com uma aplicação à vida da criança salva. Depois de ensinar uma verdade, o professor volta ao mesmo ponto da história onde começou a aplicação, usando as mesmas palavras.
*  Ligando a conclusão da história Bíblica com o apelo

A LIGAÇÃO PODE SER:

*   Uma pergunta
Fato histórico: Deus amou Zaqueu...
Ligação: Você acha que Deus nos ama?
Criança: Sim! Ele ama muito a você e a mim...

*   Uma exclamação
Fato histórico: Naamã era leproso
Ligação: Que horrível!
Criança: Mas você e eu temos algo pior... É o nosso pecado

*   Uma declaração
Fato histórico: Adão e Eva desobedeceram a Deus. Eles pecaram
Ligação: A partir disso, todas as pessoas que nasceram neste mundo já nasceram pecadoras.
Criança: Você e eu somos pecadores

*   Uma comparação
Fato histórico: Saulo era pecador
Ligação: Nós também somos pecadores
Criança: Você e eu somos pecadores

ESBOÇO
Leia: Mc 2 :1-12


INTRODUÇÃO: Você alguma vez já precisou da ajuda dos seus amigos para fazer algo?

Ligação: A Bíblia nos conta uma história muito especial de um homem doente que foi ajudado pelos seus amigos e isto aconteceu em um lugar chamado Cafarnaum.

2- ANDAMENTO DOS ACONTECIMENTOS:
a) Depois de pregar e curar no deserto, muitos dias, Jesus voltou à sua casa em Cafarnaum (v. 1)
b) Muitas pessoas foram procurar Jesus para ouví-lo pregar (v. 2)
c) Quatro homens levaram um paralítico para ter com Jesus, mas não conseguiam se aproximar por causa da multidão (v. 3)

Ligação: Que triste! Aquele homem não podia andar. Mais triste do que não poder andar é viver no pecado.
Aplicação: O pecado é tudo aquilo que pensamos, sentimos ou fazemos que não agrade a Deus, como desobedecer, falar palavras feias, mentir, etc.  As pessoas já nasceram com o desejo de fazer coisas erradas. A Palavra de Deus diz em Rm 3.23, que todos pecaram e estão separados de Deus. Estar separado de Deus é o castigo do pecado.
Ligação: O pecado é realmente algo muito triste, mas triste do que não poder andar

d) Os quatro homens não desistiram, eles colocaram o paralítico no telhado da casa, fizeram um buraco e o desceram até Jesus (v. 4)
e) Jesus viu a fé daqueles quatro homens e perdoou os pecados do paralítico (v.5)
Ligação: Como Jesus amava aquele homem!
Aplicação: Assim também, Deus... Ele que é o criador de todas as coisas, Deus fez você tão especial e Ele te ama muito e por te amar tanto assim está preparando um lindo lugar no Céu pra mim e pra você, Ele mora lá e este mesmo Deus é Santo.
Ligação: Jesus amava aquele homem com esse tipo de amor, por isso perdoou os seus pecados.

f) Os escribas ficaram escandalizados e acusaram Jesus de blasfêmia por ter perdoado os pecados do paralítico (v. 6 e 7)
g) Jesus conhecendo os corações, perguntou o por que da incredulidade dos escribas (v. 8)
h) Jesus diz que é mais fácil perdoar pecados do que curar (v. 9)
i) Jesus declara que tem poder (v. 10)
j) Jesus ordenou ao paralítico que andasse (v. 11)

Ligação: Esta era a maneira pela qual o paralítico poderia ser curado.Aplicação: Jesus Cristo, O Perfeito Filho de Deus, que tomou o meu e o seu castigo sobre si, derramou o seu sangue por nós. A Bíblia diz em Hebreus 9.22 que sem derramamento de sangue não há perdão dos pecados. Jesus Cristo morreu e ressuscitou segundo as Escrituras (I Coríntios 15. 3 e 4) e agora Ele está no Céu.
Ligação: Só havia aquela maneira pela qual o paralítico poderia ser curado.
3-  CLÍMAX: O paralítico logo se levantou, tomou o seu leito e andou. (v.12)
4- CONCLUSÃO: A multidão ficou admirada e glorificaram a Deus! (v. 12)
Ligação: Aquele homem tinha uma deficiência, ele era paralítico, mas creu em Jesus e foi curado.


Apelo: O pecado também é uma deficiência que impede as pessoas de andarem nos Caminhos de Deus e para que você possa ser curado do pecado, você precisa crer em Jesus, no que Ele fez; Morreu, derramou o seu sangue e ressuscitou. Você deve reconhecer que é pecador e pedir a Ele para ser seu Salvador.
Em Atos 16.31 diz: Crê no Senhor Jesus e serás salvo. Isto significa que se você crer de todo coração. Que o Senhor Jesus morreu pelos seus pecados, você será salvo, isto é, ficará curado, será perdoado das coisas erradas que fez.
Abaixe a sua cabeça e feche os olhos.
Você quer agora mesmo que Ele o salve e o cure por dentro? Você pode mostrar que está pronto para crer no Senhor Jesus e confessar os seus pecados a Ele levantando uma de suas mãos.
Você que levantou a mão, venha até a frente para que eu ajude você a conhecer pela bíblia como você pode crer e ser curado, ser salvo do seu pecado tornando-se filho de Deus!
 




USANDO AS HISTÓRIAS PARA ENSINAR OS PRINCÍPIOS DA PALAVRA DE DEUS PARA OS JUNIORES

Uma técnica de ensino que é boa para qualquer idade é contar histórias. temos uma fonte riquíssima de histórias, que é a Bíblia. Foi um dos métodos usados por Jesus para ensinar conceitos e princípios que devem reger a vida do seu seguidor.
   Geralmente os nossos estudos bíblicos estão numa história ou fazem parte do contexto de uma história. Por isso, podemos explorar muito mais esta técnica com os nossos junniores.
   Existem alguns cuidados necessários da parte do professor, por exemplo:
1. Conhecer bem a história;
2. fazer um planejamento antes de contá-la;
3. Não enfatizar detalhes simples;
4. Mostrar entusiasmo e alegria ao contá-la;
5. Evitar o uso de muitos "então"
6. utilizar linguagem clara e correta;
7. pronunciar bem as palavras;
8. Olhar para os seus ouvintes;
9. Falar em tom audível e com voz modulada.
   Depois dos cuidados observados, você pode fazer diversos exercícios com os juniores, após a história, como por exemplo:
* Dividir a classe me dois grupos e pedir a cada grupo para encenar a história. Depois de um tempo para eles prepararem a encenação, cada grupo se apresenta. Geralmente cada grupo dará um versão, enfatizando o que mais chamou atenção.
Pedir a um aluno que comece a contar a história, a seguir pedir a outro que continue onde o primeiro parou e, assim, até chegar ao final da história. O importante é dar oportunidade a todos.
* Pedir aos alunos que desenhem qualquer momento da história e depis façam uma exposição, recordando com todos a história contada.
Um exercício interessante para fazer, principalamente com os juniores maiores, é interromper  a narrativa da história, num momento de decisão, e pedir que eles imaginem qual vai ser a sequência, que pode ser falando ou mesmo encenando o que vai ocorrer. Depois, você termina a história no seu original. Este exercício é muito bom em histórias desconhecidas pelos alunos.

   Professor, professora, mãos à obra, cumprindo o seu dever de ensinar.


1 comentários:

Tias da Escolinha disse...

Oi Quesinha!

Que post abençoado!!! Maravilhosas instruções!!!!!

Deus te abençoe,

Sandra Curcino;-)

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